quarta-feira, 29 de outubro de 2014

Biologia - SISTEMA REPRODUTOR FEMININO


·         É constituído por:
·         uma vulva (genitália externa),
·         uma vagina,
·         um útero,
·         duas tubas uterinas (ovidutos ou trompas de Falópio),
·         dois ovários.
·         Está localizado no interior da cavidade pélvica.

SISTEMA REPRODUTOR FEMININO
Vulva (Genitália Externa)
·         Delimitada e protegida por duas pregas cutâneo-mucosas intensamente irrigadas e inervadas - os grandes lábios, recobertos por pêlos pubianos na mulher reprodutivamente madura.
·         Mais internamente, outra prega cutâneo-mucosa envolve a abertura da vagina - os pequenos lábios, protegem a abertura da uretra e da vagina.
·         Na vulva também está o clitóris, formado por tecido esponjoso erétil, homólogo ao pênis do homem. 
Vulva (Genitália Externa)
·         Prepúcio do clitóris (clitoriano): dobra de pele que envolve o clitóris.
·         Monte de Vênus: coxim gorduroso, que diminui o impacto durante a relação sexual, localizado acima do prepúcio clitoriano.
·         Óstio (meato) uretral externo: orifício por onde sai a urina; está localizado entre os pequenos lábios.
·         Vestíbulo da vagina: é um espaço localizado entre os pequenos lábios.
Vulva (Genitália Externa)
·         Hímen: membrana circular que protege a entrada (óstio) da vagina, fecha parcialmente o orifício vulvo -vaginal e é perfurado no centro, podendo ter diversas formas; geralmente se rompe nas primeiras relações sexuais.
·         Carúncula himenal: é o que restou do hímen após várias relações sexuais,  principalmente após o parto.

HOMOLOGIA DOS ÓRGÃOS GENITAIS EXTERNOS
Vagina
·         Canal de 8 a 10 cm de comprimento, de paredes elásticas, que liga o colo do útero aos genitais externos; é o órgão feminino de cópula.
·         Contém de cada lado de sua abertura, porém internamente, duas glândulas denominadas glândulas de Bartholin; secretam um muco lubrificante.
·         Possibilita também a expulsão da menstruação e, na hora do parto, a saída do bebê.
Útero
·         Órgão oco situado na cavidade pélvica anteriormente à bexiga e posteriormente ao reto, de parede muscular espessa (miométrio) e com formato de pêra invertida. 
·         É revestido internamente por um tecido vascularizado rico em glândulas - o endométrio
·         Está subdividido em fundo, corpo, istmo e cérvix (colo do útero).
Tubas uterinas
·         Também chamadas ovidutos ou trompas de Falópio.
·         Dois ductos com cerca de 10 cm de comprimento que unem o ovário ao útero.
·         Seu epitélio de revestimento é formados por células ciliadas Æ batimentos dos cílios microscópicos e movimentos peristálticos impelem o gameta feminino até o útero.  
·         Está subdividida em 4 partes, desde o útero até ovário: parte uterina, istmo, ampola e infundíbulo.
Ovários
·         São as gônadas femininas ; responsáveis pela produção dos gametas femininos é conhecida como ovogênese.
·         Produzem estrógeno e progesterona; liberam os hormônios sexuais femininos.
OVOGÊNESE
·         Período fetal:
·         1- Multiplicação (período germinativo): ovogônias sofrem várias divisões meióticas; novas ovogônias.
·         2- Crescimento: ovogônias crescem e sofrem modificações graduais; produção de ovócitos I.
·         A partir da puberdade:
·         3- Maturação:
·          Ovócitos I sofrem 1ª divisão meiótica Æ ovócitos II.
·         Ovócitos II iniciam 2ª divisão meiótica, parando em metáfase II Æ ovulação.
·         Se ocorrer fecundação:
·         4- Ovócitos II completam a 2ª divisão meiótica, resultando no óvulo.
OVOGÊNESE
OVÓCITO II
·         Camada cortical: bem próxima à membrana plasmática, no interior da célula Æ numerosas vesículas secretoras; grânulos corticais.
·         Zona pelúcida: revestimento externo composto principalmente de glicoproteínas; dá proteção mecânica.
·         Corona radiata: camada externa à zona pelúcida Æ formada por células foliculares; fornecem moléculas precursoras de macromoléculas que serão sintetizadas no interior do ovócito.
CIRCUITO HIPOTÁLAMO/HIPÓFISE
·         Freqüentemente o sistema nervoso interage com o endócrino formando mecanismos reguladores bastante precisos.
·         Hipotálamo: localizado no encéfalo diretamente acima da hipófise, é conhecido por exercer controle sobre ela por meios de conexões neurais e substâncias semelhantes a hormônios chamados fatores desencadeadores (ou de liberação), o meio pelo qual o sistema nervoso controla o comportamento sexual via sistema endócrino.
·         O hipotálamo estimula a glândula hipófise a liberar os hormônios gonadotróficos (FSH e LH), que atuam sobre as gônadas, estimulando a liberação de hormônios gonadais na corrente sanguínea.
·          Na mulher a glândula-alvo do hormônio gonadotrófico é o ovário; no homem, são os testículos.
·         Os hormônios gonadais são detectados pela pituitária (outro nome da hipófise)  e pelo hipotálamo, inibindo a liberação de mais hormônio  pituitário, por feed-back.
·         Como a hipófise secreta hormônios que controlam outras glândulas e está subordinada, por sua vez, ao sistema nervoso, pode-se dizer que o sistema endócrino é subordinado ao nervoso e que o hipotálamo é o mediador entre esses dois sistemas.

Ciclo menstrual

O ciclo menstrual é o resultado da interação de uma série de hormônios produzidos na mulher, que interagem entre si. Os hormônios envolvidos nesse processo são produzidos no cérebro (FSH e LH) e nos ovários (estrógeno (E) e progesterona(P)). Os hormônios produzidos no cérebro possuem basicamente a função de regular os hormônios ovarianos, sem outras ações no corpo. Já os ovarianos, além de regular o ciclo menstrual, tem outras ações.
Ações hormonais no útero:
Estrógeno: faz o endométrio (camada de dentro do útero) crescer, ficar espessa.
Progesterona: faz o endométrio ficar estável, firme, e mais irrigado, com mais vasos sanguíneos. Também leva a um aumento das glândulas secretoras, resultando num aumento da secreção vaginal fisiológica (normal).
Ciclo menstrual:
Fase folicular:
Inicia-se no primeiro dia do ciclo: o primeiro dia da menstruação. Nessa fase ocorre um aumento do FSH, que estimula o desenvolvimento de alguns folículos, com conseqüente aumento da sua produção (pelos folículos) de estrógeno.
Os folículos são as estruturas compostas por um “futuro óvulo” (célula que se transforma no óvulo ao ficar madura) rodeado por células produtoras de hormônios, a granulosa. São essas as estruturas que, quando são vistas no ultra-som, podem ser descritas como pequenos cistos.
No início da fase folicular há uma estimulação desses folículos, até que um deles se torne o dominante, ou seja, produz uma quantidade de estrógeno suficiente para inibir a produção de FSH. Quando há essa queda do FSH, os outros folículos que estavam se desenvolvendo “murcham”, e param de amadurecer.
Ovulação:
Esse folículo dominante, ao produzir altas doses de estrógeno, induz uma grande liberação do LH, que é chamada de “pico de LH”. É esse “pico de LH” o responsável pela ovulação, ou seja, se não houver esse “pico de LH”, não há ovulação.
A ovulação é a saída do óvulo de dentro daquela camada de células produtoras de hormônios (que está no ovário), para dentro da tuba uterina, onde espera para ser fecundado por um espermatozóide.
Fase lútea:
Essas células da granulosa, sem esse óvulo dentro, agora se chamam corpo lúteo. O corpo lúteo, quando é visto no ultra-som, pode ser descrito como um cisto simples, e é completamente fisiológico (normal).
Esse corpo lúteo é mantido pelo hormônio LH, e produz predominantemente progesterona. Porém, como a progesterona inibe a produção do LH, ele acaba “murchando” aproximadamente 14 dias após a ovulação. Quando isso ocorre, resulta na menstruação.
Entenda o processo todo!!
Os hormônios hipofisários agem sobre os ovários; já os hormônios ovarianos vão agir sobre o endométrio.
A cada ciclo de 28 dias, existe um hormônio que atua nos primeiros 14 dias e outro nos outros 14 dias. O FSH, produzido pela hipófise, predomina na primeira fase do ciclo, fazendo com que o óvulo amadureça, ficando cheio de líquido. O estrógeno, que é produzido pelo óvulo, vai começar a agir sobre o endométrio, espessando-o desde o primeiro dia da menstruação.  Portanto, nessa primeira fase do ciclo, temos a liberação de FSH e de estrógeno.
Um outro hormônio secretado pela hipófise, o LH, começa a tomar mais força quase no meio do ciclo, e tem um pico na ovulação. O LH fragiliza o folículo maduro (ou folículo de de Graaf), e faz com que esse folículo se rompa, liberando o óvulo, que caminha em direção às tubas uterinas; esse óvulo poderá, eventualmente, ser fecundado por um espermatozoide.
O que sobrou do invólucro do folículo vai se transformar numa estrutura secretora, chamada de corpo lúteo ou amarelo.  Essa estrutura passará a secretar um outro hormônio, chamado de progesterona, cuja função é a de espessar as paredes do endométrio, tornando-a rica em vasos sanguíneos.
É interessante observar que a ovulação tem uma função dupla: liberar o óvulo e, ao mesmo tempo, promover a possível implantação de um óvulo fecundado na parede do endométrio, que se encontra tão vascularizada.  Esse processo de implantação do óvulo no útero é chamado de nidação. É onde o endométrio, posteriormente, vai começar a produzir a placenta, para garantir a nutrição do embrião. Ou seja, para que o endométrio se mantenha, é necessário uma gravidez, com níveis altos de estrógeno e progesterona.
Se o óvulo não for fecundado, o corpo amarelo vai se desintegrar, formando uma estrutura chamada de corpo albicans. Como era o corpo lúteo que mantinha os níveis de estrógeno e progesterona altos, com o desaparecimento dele os níveis de hormônio desabam; sem os hormônios, o endométrio descama, dando origem à menstruação. Daí, um outro ciclo se inicia, repetindo o mesmo procedimento.

                      

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