quinta-feira, 8 de agosto de 2013

Sociologia - A Escola de Frankfurt

A Escola de Frankfurt consistia em um grupo de intelectuais que na primeira metade do século passado produzia um pensamento conhecido como Teoria Crítica. Dentre eles temos Theodor Adorno, Max Horkheimer, Herbert Marcuse e Walter Benjamim. Com a II Guerra Mundial, eles saíram de Frankfurt, na Alemanha, para se refugiar nos Estados Unidos, voltando apenas na década de 50.
Na Europa do início do século XX, os rumos e os resultados a que se chegaram com os feitos políticos em nome do proletariado e de uma ideologia marxista começaram a ser reavaliados por alguns intelectuais. A ideia de que a luta entre burgueses e proletariado iria resolver as coisas era questionada ao se perceber o crescimento de uma classe média. Segundo consta, esta geração (subsequente aos primeiros marxistas) que conciliava a teoria (o trabalho intelectual) com o comando do partido socialista tinha o mal-estar de não possuir uma definição exata do marxismo.
Na Europa do início do século XX, os rumos e os resultados a que se chegaram com os feitos políticos em nome do proletariado e de uma ideologia marxista começaram a ser reavaliados por alguns intelectuais. A ideia de que a luta entre burgueses e proletariado iria resolver as coisas era questionada ao se perceber o crescimento de uma classe média. Segundo consta, esta geração (subsequente aos primeiros marxistas) que conciliava a teoria (o trabalho intelectual) com o comando do partido socialista tinha o mal-estar de não possuir uma definição exata do marxismo.
O marxismo até então era consenso no Partido da Social Democracia, o qual entendia teoria e prática como palavras sinônimas. Por volta de 1900, ocorreu uma espécie de clivagem, na qual as duas partes (teoria e prática) discutiam a realidade e os rumos do marxismo. O contexto europeu da primeira metade do século será fundamental para se compreender as bases do que veio a ser o “marxismo ocidental” como resposta aos impasses teóricos e políticos. Segundo Perry Anderson, o fascismo e o stalinismo foram as duas grandes tragédias que, de formas diferentes, se abateram sobre o movimento operário europeu no período entreguerras e que, juntos, pulverizaram e destruíram os potenciais criadores de uma teoria marxista nativa ligada à prática das massas do proletariado ocidental.
Enquanto teoria, o marxismo se tornava algo muito diferente de tudo o que o precedera, acarretando como ponto alto dessa mudança o deslocamento dos temas e das preocupações da intelectualidade marxista. As gerações que comporiam o marxismo ocidental (as quais assim o fizeram sem ter consciência disso, sem ter um ”projeto” definido com este nome) não eram mais os engajados líderes políticos de outrora, mas agora elaboravam uma produção intelectual que, em certa medida, se devia ao engajamento político do passado. Afastavam-se daquele passado clássico (do ponto de vista teórico) e, ao mesmo tempo, reavaliavam os resultados do marxismo no presente.
Desse modo, nasceu a Escola de Frankfurt, a qual se dedicou, a partir da década de 20, ao estudo dos problemas tradicionais do movimento operário, unindo trabalho empírico e análise teórica. Em virtude da perda de sua tradição intelectual, o marxismo para os frankfurtianos será alvo de um movimento autorreflexivo. O que será característico no marxismo ocidental é esta autorreflexão do que era, foi e seria futuramente o marxismo, com obras que trataram de temas como o “novo” papel do materialismo histórico, o conceito de história, a tomada da consciência de classe, a cultura, a arte, literatura, enfim, todos considerados como categorias e instrumentos para se pensar as transformações, a validade, as limitações, possíveis caminhos e leituras do marxismo diante da sociedade industrializada moderna. Segundo Danilo Marcondes, os autores ligados à Escola de Frankfurt não se pretendiam realmente comentadores ou intérpretes do pensamento de Marx, mas tinham como proposta buscar inspiração no marxismo para uma análise da sociedade contemporânea.
Para os frankfurtianos, a razão que desponta com a valorização da ciência cada vez mais evidente, trata-se de uma razão instrumental. Assim, o que se tinha era uma racionalidade de cunho positivista que visava a dominação e intervenção na natureza a serviço do poder do capital, estendendo-se esta dominação também aos homens, cada vez mais alienados dos processos sociais em que estavam envolvidos. Logo a ciência não seria imparcial, mas controlaria o exterior e o interior do homem. Ainda segundo Danilo Marcondes, para a Escola de Frankfurt alguns dos aspectos centrais dessa dominação da técnica seriam a indústria cultural e a massificação do conhecimento, da arte e da cultura que se produzia naquele contexto diluindo-se assim a força expressiva de cada um, seus significados próprios, transformando tudo em objeto de consumo.
Assim, os intelectuais da Escola de Frankfurt conduziram suas obras a uma esfera crítica e reflexiva quanto ao marxismo, abordando categorias e conceitos que ora dizem muito sobre as consequências e rumos da prática marxista do passado e daquele momento em que escreviam, ora dizem respeito a uma espécie de proposta ou releitura daquilo que poderia (ou não) e mereceria ser feito. Logo, será da preocupação em sugerir e descortinar uma realidade reificada e “contaminada” pela lógica capitalista que nascerão tais trabalhos, num questionamento quanto às maneiras de se alcançar a efetiva tomada da consciência de classe e, dessa forma, superar a conjuntura capitalista dada.

química - Como fazer fogo colorido ?

vídeo retirado do manual  do mundo !


quarta-feira, 7 de agosto de 2013

física - O tubo antigravidade


biologia ! A teia alimentar


Na natureza, alguns seres podem ocupar vários papéis em diferentes cadeias alimentares. Quando comemos uma maçã, por exemplo, ocupamos o papel de consumidores primários. Já ao comer um bife, somos consumidores secundários, pois o boi, que come o capim, é consumidor primário.
Muitos outros animais também têm alimentação variada. Um organismo pode se alimentar de diferentes seres vivos, além de servir de alimento para diversos outros. O resultado é que as cadeias alimentares se cruzam na natureza, formando o que chamamos de teia alimentar.
Nas teias alimentares, um mesmo animal pode ocupar papéis diferentes, dependendo da cadeia envolvida. Na teia representada no esquema abaixo (siga as setas) o gavião ocupa tanto o papel de consumidor secundário quanto terciário.

               (Produtores)                          (Consumidor primário)        (Consumidor secundário)
            Plantas, frutos e sementes              Pica-Pau                  Gavião
ou
        (Produtores)              (Consumidor primário)  (Consumidor secundário)  (Consumidor terciário)
Plantas, frutos e sementes        Pica-Pau              Sucuri              Gavião


As plantas nunca mudam o seu papel: são sempre produtores. E todos os produtores e consumidores, estão ligados aos decompositores, que permitem a reciclagem da matéria orgânica no ambiente.


Acúmulo de substâncias na cadeia alimentar

No início dos anos 50, em um lago dos Estados Unidos, foi usado um inseticida, um produto químico que destrói mosquitos. A quantidade aplicada foi mínima.
Cinco anos depois, porém, começaram a aparecer mergulhões mortos no lago. Uma pesquisa mostrou que essas aves morreram intoxicadas pelo inseticida. Os pesquisadores descobriram que o inseticida havia entrado na cadeia alimentar. Primeiro, as algas microscópicas do lago absorveram o inseticida; depois, os peixes pequenos se alimentaram dessas algas; os peixes maiores comeram os menores; e por fim, os mergulhões comeram os peixes maiores.
 
O inseticida usado no lago pertencia a um grupo de substâncias que permaneceu no ambiente por centenas de anos sem se decompor, ou se decompondo muito lentamente. E, da mesma forma, quando ingeridas, essas substâncias em geral demoram bastante para serem eliminadas pelo organismo.
Outros exemplos de elementos que o organismo dos seres vivos tem dificuldade em decompor e eliminar são o chumbo e o mercúrio. Se ingeridas com determinada freqüência, essas substâncias vão se acumulando no organismo e provocando doenças.
Em  certas regiões do Brasil, os garimpeiros usam mercúrio para separar o ouro da areia. Uma parte do mercúrio se espalha na água e se perde. Resultado: os próprios garimpeiros correm risco de se contaminar diretamente e, além disso, as águas dos rios tornam-se perigosas, com alta taxa de mercúrio. Esse mercúrio pode, com o tempo, se depositar no corpo das pessoas que se alimentam de peixes.



matéria especial- Métodos anticoncepcionais


A ou AN?

O uso do artigo indefinido "a/an" nem sempre é tão fácil quanto parece. Quando eu era aluna, sempre me ensinaram que diante de vogal, usa-se "an", e diante de consoante, usa-se "a". Verdade, mas a pronúncia da palavra seguinte deve ser considerada, e não apenas a sua grafia. Observe os exemplos abaixo. Todos eles estão corretos.
1) "I want to get an MBA this year." A letra M não é consoante? Por que "an" diante dela, então? Porque o uso do a/an depende da pronúncia da palavra que se segue a ele. A pronúncia da letra M é (/em/) - vogal. O mesmo para outras siglas: an RP (received pronunciation) accentan MP (metropolitan officer), etc.
2) "Let's meet in an hour, right?" De novo, "h" não é consoante? Sim, mas não é pronunciado em hour e em outras palavras, como hourly, honor, honest, etc. Quando o "h" é pronunciado (som aspirado), usa-se "a", como na regra geral que todo mundo conhece. Exemplos: "This is a horrible movie." "Is there a hotel near here?"
3) "I don't need a uniform at school." A palavra "uniform" é escrita com uma vogal inicial, mas é pronunciada com uma consoante (/j/). Isto também acontece em: European, universe, universal, unique, etc. Já "umbrella" se inicia com vogal - na escrita e na pronúncia.
Então, lembre-se: usa-se "a" diante de palavras iniciadas com som de consoante e "an" diante de palavras iniciadas com som de vogal.
Se você não sabe pronunciar a palavra, consulte um dicionário e olhe a transcrição fonética. Ou, melhor ainda, ouça a palavra em algum dicionário online .Se não for possível, o remédio é arriscar um palpite...

Historia - Arte na pré historia !




Um dos períodos mais fascinantes da história humana é a Pré-História. Esse período não foi registrado por nenhum documento escrito, pois é exatamente a época anterior à escrita. Tudo o que sabemos dos homens que viveram nesse tempo é resultado da pesquisa de antropólogos, historiadores e dos estudos da moderna ciência arqueológica, que reconstituíram a cultura do homem.

Consideramos como arte pré-histórica todas as manifestações que se desenvolveram antes do surgimento das primeiras civilizações e, portanto, antes da escrita. No entanto, isso pressupõe uma grande variedade de produção, por povos diferentes, em locais diferentes, mas com algumas características comuns.

A primeira característica é o pragmatismo, ou seja, a arte produzida possuía uma utilidade material, cotidiana ou mágico-religiosa: ferramentas, armas ou figuras que envolvem situações específicas, como a caça. Cabe lembrar que as cenas de caça representadas em cavernas não descreviam uma situação vivida pelo grupo, mas possuía um caráter mágico, preparando o grupo para essa tarefa que lhes garantiria a sobrevivência.

As manifestações artísticas mais antigas foram encontradas na Europa, em especial na Espanha, sul da França e sul da Itália e datam de aproximadamente de 25 000 a.C., portanto no período paleolítico. Na França encontramos o maior número de obras pré-históricas e até hoje em bom estado de conservação, como as cavernas de Altamira, Lascaux e Castilho.

Arquitetura

Os grupos pré-históricos eram nômades e se deslocavam de acordo com a necessidade de obter alimentos. Durante o período neolítico essa situação sofreu mudanças, desenvolveram-se as primeiras formas de agricultura e consequentemente o grupo humano passou a se fixar por mais tempo em uma mesma região, mas ainda utilizavam-se de abrigos naturais ou fabricados
com fibras vegetais ao mesmo tempo em que passaram a construir monumentos de pedras colossais, que serviam de câmaras mortuárias ou de templos. Raras eram as construções que serviam de habitação. Essas pedras pesavam mais de três toneladas, fato que requeria o trabalho de muitos homens e o conhecimento da alavanca.

Esses monumentos de pedras foram denominados "megalíticos" e podem ser classificados de: dólmens, galerias cobertas que possibilitavam o acesso a uma tumba; menires, que são grandes pedras cravadas no chão de forma vertical; e os cromlech, que são menires e dólmens organizados em círculo, sendo o mais famoso o de Stonehenge, na Inglaterra. Também encontramos importantes monumentos megalíticos na Ilha de Malta e Carnac na França, todos eles com funções ritualisticas.

Escultura

A escultura foi responsável pela elaboração tanto de objetos religiosos quanto de utensílios domésticos, nos quais encontramos a temática predominante em toda a arte do período. Animais e figuras humanas, principalmente figuras femininas, conhecidas como Vênus, caracterizadas pelos grandes seios e ancas largas, são associadas ao culto da fertilidade;

Entre as mais famosas estão a Vênus de Lespugne, encontrada na França, e a Vênus de Willendorf, encontrada na Áustria. Elas foram criadas principalmente em pedras calcárias, utilizando-se ferramentas de pedra pontiaguda.

Durante o período neolítico europeu (5000a.C. - 3000d.C.) os grupos humanos já dominavam o fogo e passaram a produzir peças de cerâmica, normalmente vasos, decorados com motivos geométricos em sua superfície. Somente na idade do bronze a produção da cerâmica alcançou grande desenvolvimento, em virtude da sua utilização na armazenagem de água e alimentos.

Pintura 

As principais manifestações da pintura pré-histórica são encontradas no interior de cavernas, em paredes de pedra e a princípio retratavam cenas envolvendo principalmente animais, homens e mulheres e caçadas, existindo ainda a pintura de símbolos, com significado ainda desconhecido. Essa fase inicial é marcada pela utilização predominantemente do preto e do vermelho e é considerada naturalista.

No período neolítico, a pintura é utilizada como elemento decorativo e retratando as cenas do cotidiano. A qualidade das obras é superior, mostrando um maior grau de abstração e a utilização de outros instrumentos que não as mãos, como espátulas.

Por volta de 2000 a.C. as características da pintura apresentavam um nível próximo ao de formas escritas, preservando porém seu caráter mágico ou religioso, celebrando a fecundidade ou os objetos de adoração (totens).

língua portuguesa! - A Formação da Língua Portuguesa no Brasil


A língua é um organismo vivo que se modifica ao longo do tempo. Palavras novas surgem para expressar conceitos igualmente novos; outras deixam de ser utilizadas, sendo substituídas.
Na época das grandes navegações, Portugal conquistou inúmeras colônias e o idioma português foi influenciado pelas línguas faladas nesses lugares, incorporando termos diferentes como "jangada", de origem malaia, e "chá", de origem chinesa. O período renascentista também provocou uma série de modificações na língua, que recebeu termos eruditos, especialmente aqueles relacionados à arte.
extras2grandes navegaçoes1.jpg (3170 bytes)
Os colonizadores portugueses, principalmente os padres jesuítas, difundiram o idioma no Brasil. No entanto, diversas palavras indígenas foram incorporadas ao português e, posteriormente, expressões utilizadas pelos escravos africanos e imigrantes também foram adotadas. Assim, o idioma português  foi se juntando à família linguística tupi-guarani, em especial o Tupinambá, um dos dialetos Tupi. Os índios, subjugados ou aculturados, ensinaram o dialeto aos europeus que, mais tarde, passaram a se comunicar nessa "língua geral", o Tupinambá. Em 1694, a língua geral reinava na então colônia portuguesa, com características de língua literária, pois os missionários traduziam peças sacras, orações e hinos, na catequese.
extras2jesuitas2.jpg (3294 bytes)
extras2indios4.jpg (4522 bytes)
extras2imigrantes5.jpg (4160 bytes)
extras2jescravos3.jpg (4756 bytes)
Com a chegada do idioma iorubá (Nigéria) e do quimbundo (Angola), por meio dos escravos trazidos da África, e com novos colonizadores, a Corte Portuguesa quis garantir uma maior presença política. Uma das primeiras medidas que adotou, então, foi obrigar o ensino da Língua Portuguesa aos índios.
Desde o século XVI, época da formação do Português moderno, o português falado em portugal manteve-se mais impermeável às contribuições linguísticas externas. Já o Brasil, em decorrência do processo de formação de sua nacionalidade, esteve mais aberto às contribuições linguísticas de outros povos.
Ainda hoje o português é constantemente influenciado por outras línguas. É comum surgirem novos termos para denominar as novas tecnologias do mundo moderno, além de palavras técnicas em inglês e em outros idiomas que se aplicam às descobertas da medicina e da ciência. Assim, o contato com línguas estrangeiras faz com que se incorporem ao idioma outros vocábulos, em sua forma original ou aportuguesados.
Atualmente, existem muitas diferenças entre o português que falamos no Brasil e o que se fala em Portugal. Tais diferenças não se limitam apenas à pronúncia das palavras, facilmente notabilizada na linguagem oral. Existem também diferenças de vocabulário (só para citar um exemplo, no Brasil dizemos "trem", em Portugal se diz "comboio") e de construção gramatical (enquanto no Brasil se utiliza uma construção como "estou estudando", em Portugal prefere-se a forma "estou a estudar").

domingo, 4 de agosto de 2013

Bem vindos de volta !!!

como as aulas deram uma ferias nosso blog também deu uma parada mais estamos de volta com a corda toda a organização do blog não mudou nada. então fica tranquilo pra saber quando vai sair uma postagem da sua matéria preferida !!
novidades quem vem por ai pretendemos fazer um concurso de redação no mês de setembro com premiação !! huru e o mais importante vai pra nossa pagina do facebook!! ups já contei a nova novidade no dia 05 de agosto sera a inauguração da nossa fan Page no facebook pra você !! rsrs gente por enquanto só ate mais !!!

quinta-feira, 20 de junho de 2013

artes - inicio da arte


Pré-História

          Um dos períodos mais fascinantes da história humana é a Pré-história. Esse período não foi registrado por documentos escritos, pois é exatamente a época anterior à escrita.
As primeiras expressões da arte eram muito simples, consistiam em traços feitos nas paredes das cavernas. Muito tempo depois é que os artistas pré-históricos começaram a desenhar e pintar animais.
Pintavam os seres, um animal por exemplo, do modo como o via de uma determinada perspectiva, reproduzindo a natureza tal qual sua vista a captava.
          São inevitáveis as perguntas sobre os motivos que levaram o homem a fazer essas pinturas. A explicação mais aceita é que fazia parte de um processo de magia e que de alguma maneira eles procuravam interferir na captura do animal desenhado, o pintor paleolítico supunha tPintura rupestre encontrada em Tassili, região do Saara.er poder sobre o animal desde que possuísse a sua imagem. A produção do homem pré-histórico, pelo menos a que foi encontrada e conservada, é representada por objetos em grande parte portadores de uma utilidade, seja ela doméstica ou religiosa: ferramentas, armas ou figuras com uma simbologia específica. No entanto, seu estudo e a comparação entre elas permitiram constatar que já existiam então noções de técnica, habilidade e desenho, embora não se possa separar o conceito de arte, em praticamente nenhum caso, dos conceitos de funcionalidade e religião.
          Os artistas do Paleolítico Superior realizaram também esculturas. Mas, tanto na pintura quanto na escultura, nota-se a ausência de figuras masculinas.
          O homem do Neolítico desenvolveu a técnica de tecer panos, de fabricar cerâmica e construiu as primeiras moradias. todas essas conquistas tiveram um forte reflexo na arte. A Dolmens. detalhe do Santuário de Stonehenge, Inglaterraconseqüência imediata foi o abandono do estilo naturalista e o surgimento de um estilo geometrizante, vamos encontrar figuras que mais sugerem do que reproduzem os seres. Começaram as representações da vida coletiva, a preocupação com o movimento fez com que as figuras ficassem cada vez mais leves e ágeis. Desses desenhos surge a primeira forma de escrita, que consiste em representar seres e idéias pelo desenho. São também desse período as construções denominadas dolmens, duas ou mais pedras grandes fincadas verticalmente no chão, como se fossem paredes, e em uma grande pedra colocada horizontalmente sobre elas, parecendo um teto. A explicação sobre essas construções ainda não foram suficientemente esclarecidas pela História e pela Antropologia

Mesopotâmia
        A arquitetura da Mesopotâmia empregou nos seus estágios iniciais tijolos de barro cozido, maleáveis, mas pouco resistentes, o que explica o alto grau de desgaste das construções encontradas. As obras mais representativas da construção na Mesopotâmia - os zigurates ou templos em forma de torre - são da época dos primeiros povos sumérios e sua forma foi mantida sem alteração pelos assírios. Na realidade, tratava-se de edificações superpostas que formavam um tipo de pirâmide de faces escalonadas, dividida em várias câmaras. O zigurate da cidade de Ur é um dos que se conservaram em melhor estado, graças a Nabucodonosor II, que ordenou sua reconstrução depois que os acádios o destruíram. O templo consistia em sete pavimentos e o santuário ficava no terraço. Acredita-se que na reconstrução tentou-se copiar a famosa Torre de Babel, hoje destruída. O acesso ao último pavimento era feito por escadarias intermináveis e estreitas que rodeavam os muros. O templo era dedicado ao deus Nannar e à esposa do rei Nabucodonosor, Ningal.
A arquitetura monumental aquemênida retomou as formas babilônicas e assírias com a monumentalidade egípcia e o dinamismo grego. Os primeiros palácios de Pasárgada, de Ciro, o Grande (559 a.C. - 530 a.C.), possuíam salas de fileira dupla de colunas acaneladas com capitéis em forma de cabeça de touro, de influência jônica.
Para centralizar o poder, Dario (522 a.C. - 486 a.C.) transformou Susa e Persépolis respectivamente em capitais administrativa e religiosa. Seus palácios, obras do renascimento oriental, foram as últimas testemunhas da arquitetura oriental antiga.
No que se refere às tumbas, os monarcas aquemênidas, que não seguiram a tradição zoroástrica de expor seus cadáveres às aves de rapina, mandavam escavar suntuosos monumentos funerários nas rochas de montanhas sagradas. Uma das tumbas mais conhecidas é a de Dario I, na encosta do monte Hussein-Kuh. Sua fachada imita o portal de um palácio e é coroada com o disco do deus Ahura Mazda. Este foi o modelo seguido posteriormente nas necrópoles. As primeiras esculturas descobertas na Mesopotâmia datam de 5000 a.C. e são em sua maioria figuras que lembram muito as Vênus pré-históricas encontradas no restante da Europa. No milênio seguinte reflete-se uma estilização das formas tendentes ao naturalismo e são encontradas peças de mármore, tais como bustos, estelascomemorativas e relevos. A mais importante é a estelas encontrada em Langash, não apenas por ser considerada a mais antiga do mundo, como também porque é nela que aparece pela primeira vez a representação de uma batalha. As estátuas mais características são figuras de homem ou mulher em pé, chamadas de oradores, trajados com túnicas amplas, com as mãos postas na altura do peito, sendo o rosto a parte mais chamativa do conjunto, devido ao superdimensionamento dos olhos, normalmente elaborados com incrustações de pedra. Quanto aos relevos, sua importância é indubitavelmente fundamental para a compreensão da história, da iconografia religiosa e do cerimonial dos povos mesopotâmicos.
Existiam vários tipos, entre eles os esculpidos em pedra e os realizados sobre ladrilhos esmaltados, como é o caso dos poucos restos encontrados da famosa "Porta dos Deuses" (o que, na verdade, significa Babilônia) e os de argila. Dependendo do povoado e da cidade, os temas e os estilos variavam: durante as dinastias acádia e persa, a temática era a narração da vitória dos reis, enquanto na época dos babilônios a preferência era pelas representações das divindades ou das tarefas cotidianas do povo.

sociologia - Sociologia como ciência da sociedade

Sociologia como ciência emancipadora social 

As transformações econômicas, políticas e culturais ocorridas no Ocidente a partir do século XVIII, como as Revoluções Industrial e Francesa, evidenciaram mudanças significativas na vida em sociedade com relação a suas formas passadas, baseadas principalmente nas tradições.
Assim surge a Sociologia em pleno século XVIII, com as primeiras pesquisas sociais e nas ideias gerais do Iluminismo, como forma de entender e explicar aquelas mudanças sociais. Por isso, a Sociologia é uma ciência datada historicamente e que seu surgimento está vinculado à consolidação do capitalismo moderno.
Essa disciplina marca uma mudança na maneira de se pensar a realidade social, desvinculando-se das preocupações transcendentais e diferenciando-se progressivamente das demais ciências enquanto forma racional e sistemática de compreensão da sociedade.
Ao contrário das explicações filosóficas das relações sociais, as explicações da Sociologia não partem simplesmente da especulação de gabinete, baseada, quando muito, na observação casual de alguns fatos. Para as explicações, são empregados os métodos estatísticos, a observação empírica e uma neutralidade metodológica.
Como ciência, a Sociologia deve obedecer aos mesmos princípios gerais válidos para todos os ramos de conhecimento científico, apesar das peculiaridades dos fenômenos sociais quando comparados com os fenômenos de natureza e, consequentemente, da abordagem científica da sociedade.
A Sociologia, considerando o tipo de conhecimento que produz, pode servir a diferentes tipos de interesses. A produção sociológica pode estar voltada para engendrar uma forma de conhecimento comprometida com emancipação humana. Ela pode ser um tipo de conhecimento orientado no sentido da promoção do melhor entendimento dos homens acerca de si mesmos, para alcançar maiores patamares de liberdade política e de bem-estar social.
Por outro lado, a Sociologia pode ser orientada como uma “ciência da ordem”, isto é, seus resultados podem ser utilizados com vistas à melhoria dos mecanismos de dominação por parte do Estado ou de grupos minoritários, sejam empresas privadas ou organismos de Inteligência, à revelia dos interesses e valores da comunidade democrática com vistas a manter o status quo.

química- como congela a água em menos de 1 segundo !!!


segunda-feira, 17 de junho de 2013

BILOGIA / CIÊNCIAS !!! CADEIA ALIMENTAR !!!

A energia do Sol, captada pelos seres clorofilados – denominados produtores – é a fonte de alimentação desses.

Produtores são fonte de alimento para os consumidores primários – organismos herbívoros e que, por sua vez, são alimentos (e fonte de energia) para outros consumidores. Esses organismos serão consumidos pelos seres detritívoros e/ou decompositores – como urubus e bactérias, respectivamente. E, desta forma, um organismo é fonte de matéria e energia a outro organismo, ao servir de alimento a ele.

Cadeia Alimentar é o percurso de matéria e energia em vários níveis tróficos, ou seja: a cada grupo de organismos com necessidades alimentares semelhantes quanto à fonte principal de alimento:

Produtores: são todos os seres autotróficos clorofilados, presentes em todas as cadeias alimentares. Eles que transformam a energia luminosa em energia química, sendo assim, o único processo de entrada de energia em um ecossistema.

Consumidores: são os que se alimentam dos produtores (consumidores primários) ou de outros consumidores (consumidores secundários, terciários, etc.). Nesse nível trófico estão os detritívoros – animais que se alimentam de restos orgânicos e têm como representantes os urubus, abutres, hienas, moscas, etc.

Decompositores: reciclam a matéria orgânica, decompondo-a e degradando-a em matéria inorgânica. Esta é reaproveitada pelos produtores, dando continuidade ao ciclo. São representados por micro-organismos, tais como fungos e bactérias.

Exemplo de cadeia alimentar:


Teias alimentares são várias cadeias alimentares relacionadas entre si. Elas representam de forma mais fiel o que ocorre, de fato, na natureza.

FISÍCA ! Referencial, Movimento e Repouso



Imagine que você está sentado em um ponto de ônibus e logo percebe que o transporte se aproxima. Como o motorista está dentro do ônibus, ele e todos os passageiros se aproximam de você. Logo, percebemos então que o conjunto: ônibus, passageiros e motorista, se movimenta.

As pessoas que estão dentro do ônibus não percebem o motorista nem se afastar e nem se aproximar, para eles (passageiros) o motorista está quieto, ou seja, está em repouso.

Vemos então que para um mesmo evento simultâneo as condições de movimento e repouso são relativas e dependem de quem as observa.

Faça o seguinte: deite sobre sua cama e fique quietinho. Agora faça a seguinte pergunta a si mesmo: Estou em movimento ou em repouso? Se você responder a pergunta com relação à cama na qual está deitado, com certeza você estará em repouso. Agora, imagine que há um observador no Sol e de lá ele vê você deitadinho em sua cama; como a Terra gira em torno do Sol e você está sobre a Terra, logo ele perceberá você em movimento.

Vemos então que para um determinado corpo estar em movimento, a sua posição deve ser mudada no decurso do tempo com relação a um observador; e para um determinado corpo estar em repouso, a sua posição não deve mudar no decurso do tempo com relação a um observador.

Quando escolhemos um observador para a determinação e identificação do estado de repouso ou movimento de um corpo, estamos estabelecendo o referencial ou o sistema de referências em que um evento será analisado.

Conclui-se que movimento e repouso são relativos, ou seja, dependem do sistema de referência adotado.

MATÉRIA ESPECIAL ! ASTRONOMIA E ASTRONOMIA !

Astrologia e Astronomia:

 
 
 
 
A Astrologia e a Astronomia são hoje áreas independentes e sem nenhuma relação entre si quer quanto aos objectivos, quer quanto às metodologias de trabalho utilizadas. Segundo a Grande Enciclopédia Portuguesa e Brasileira, a Astrologia é a "arte de adivinhar o futuro pelos astros" enquanto que a Astronomia é a "ciência que trata dos astrosou seja sua posição, dimensões, constituição, formação e evolução. No entanto esta distinção não foi sempre tão clara.
Durante muito tempo (seguramente mais de 45 séculos!) a Astrologia e Astronomia confundiam-se. Os sacerdotes da Mesopotâmia antiga eram também astrónomos. As suas observações dos movimentos das estrelas, Sol, Lua e planetas permitiram inferir a relação entre os astros e o ano e as estações. Porque não estender esta relação ao dia a dia do próprio Homem?Os astrónomos, que muitas vezes faziam parte das cortes de reis e imperadores, além das suas observações dos movimentos dos planetas, tinham que fazer horóscopos, com previsões de bons ou maus presságios para o futuro ou mesmo aconselhamento para a melhor data para uma celebração, um enlace, uma batalha. O próprio Johannes Kepler (1571-1630), expoente máximo da Astronomia Universal, teria tido necessidade de, em determinados períodos da sua vida, recorrer à construção de horóscopos para poder angariar o sustento para si e para a sua família.
Não é claro o momento da separação entre a Astrologia e a Astronomia. Segundo Carlos Daremberg (1817 – 1872), historiador de medicina francês,"a Astrologia começou a declinar no século XII, para morrer afogada em ridículo no século XVIII". No entanto é incontestável, e natural, que a convivência secular entre estas duas áreas tenha trazido até aos nossos dias reminiscências desse passado comum. Uma das mais claras é a que concerne o léxico usado pela Astrologia. Nos tempos que correm somos inundados, através da imprensa ou da comunicação social, por referências à Astrologia, dadas de forma tão hermética e obscura que por vezes nos assustam, fascinam, ou mesmo ludibriam.
Este artigo pretende definir, à luz da Astronomia, o significado, tantas vezes elementar, que têm muitos dos termos e conceitos utilizados nessa linguagem. Trata-se assim de um artigo com carácter eminentemente pedagógico. Portanto não é nossa intenção contrapor de alguma forma a Astronomia à Astrologia, utilizando a primeira para refutar (ou validar) os resultados da segunda.

Os vários modelos para o nosso sistema solar

A natureza dá-nos três ciclos primários: os dias como rotação da Terra em torno de si própria, os meses como revoluções da Lua à volta da Terra, os anos como revoluções da Terra em volta do Sol. A existência de dois solstícios e dois equinócios leva ainda à divisão do ano em quatro períodos iguais, chamados estações do ano.
O movimento da Lua e o porquê das suas fases foram muito cedo compreendidos, o mesmo não se passando com o movimento do Sol. Ao longo da história vários foram os modelos apresentados por astrólogos, filósofos e teólogos para representar o nosso sistema solar, cf. figuras 1 e 2.
Figura 1.Athanasius Kircher, Iter extaticum, Roma, 1671IO sistema de Ptolomeu (c.100-160 d.C.) com a Terra no centro, cercada pelas sete esferas etéreas da Lua, Mercúrio, Vénus, Sol, Marte, Júpiter e Saturno. No plano superior fica a superfície imóvel das estrelas e dos signos do Zodíaco. 
II
Platão (427-374 a.C.) colocava o Sol imediatamente a seguir à Lua.
IIINo sistema pseudo-egípcio de Vitruvius, Mercúrio e Vénus descreviam um círculo à volta do Sol e este, por sua vez, tal como os restantes planetas, girava em torno da Terra.
IV+V
O sistema proposto em 1580 por Tycho Brahe (1546-1601) parte de dois centros: à volta da Terra, vista como um centro fixo, gira o Sol que por seu turno é o centro de outros planetas.
VI
Em 1543, 1800 anos após Aristarco, Copérnico (1473-1543) voltou a colocar o Sol no centro do universo.
*
Figura 2. Michelangelo Cactani, La Materia della Divina Comedia di Dante Aliguieri,1855.O modelo geocêntrico tornou-se muito popular. Foi adoptado pela religião cristã e publicitado por teólogos, filósofos e mesmo escritores e muitas foram as fantasias criadas a partir dele. Na Divina Comédia de Dante (1307-1321), o Inferno encontra-se no interior da Terra; a alma, no seu caminho para Deus, deve subir através do Purgatório, das nove esferas dos planetas, das estrelas e da esfera de cristal, até chegar ao Paraíso.

A construção de uma carta astrológica

A ideia de modelo geocêntrico levou à criação da carta astral ou carta astrológica. Com a Terra no centro do universo, acreditava-se que a posição do Sol, da Lua e dos planetas tinha influência directa na vida dos humanos. Uma carta astrológica consiste simplesmente na apresentação das posições relativas (para um observador sobre a Terra) do Sol, da Lua e dos planetas. A título de exemplo, vamos construir uma carta astral e decifrar, com a linguagem da astronomia, os termos de astrologia que a descrevem.
A confiar nos registos que chegaram até nós, Júlio Verne nasceu em Nantes, em França, no dia 8 de Fevereiro de 1828, pelas 12 horas locais. A hora sideral do seu nascimento é 21 horas e 10 minutos. Debrucemo-nos por um momento sobre este conceito de tempo sideral.
A definição de Tempo Sideral ou Tempo das Estrelas está intimamente ligada ao conceito de Dia Sideral. Este define-se como o intervalo de tempo entre duas passagens consecutivas do ponto vernal (ou de uma qualquer estrela) no meridiano do lugar. Por sua vez o Dia Solar define-se como o intervalo de tempo entre duas passagens consecutivas do Sol no meridiano do lugar. Estes dois intervalos de tempo não são exactamente iguais, porque enquanto que oDia Sideral tem como referência um ponto na esfera celeste, que em boa aproximação se pode considerar fixo, o Dia Solar tem como referência o Sol que, graças ao movimento de translação da Terra, tem um movimento aparente de aproximadamente 1º/dia (ver figura 3). Daqui resulta que a duração do Dia Sideral seja menor que a do correspondente Dia Solar. De facto, às 24 horas do Dia Solar correspondem 23h56m4 s.091 de Dia Sideral.
Figura 3A Terra, no seu movimento em torno do Sol, desloca-se 1 grau por dia, o que provoca uma ligeira diferença entre o Dia Solar e o Dia Sideral.
Calculemos agora a hora sideral do nascimento de Júlio Verne.
NOME: JULES VERNE
LOCAL: NANTES
DATA: 8 DE FEVEREIRO DE 1828
HORA: 12h 00m
Cálculo da hora sideral do nascimento de Jules Verne
12h 00m(hora oficial de França no instante do nascimento)
+ 00h 00m(diferença horária em relação a Greenwich durante o ano de 1828)
12h 00m 
+ 00h 06m(longitude de Nantes: 0º6´ Leste)
12h 06m 
+ 09h 04m(hora sideral às 0 horas de Greenwich do dia 02-02-1828)
21h 10m(hora sideral no momento do nascimento de Júlio Verne)
Com a ajuda de uma tabela, podem agora ser encontradas as posições dos astros naquele preciso momento.
Figura 4.Carta Astrológica de Júlio Verne, nascido em Nantes, França, no dia 8 de Fevereiro de 1828, pelas 12 horas.
Da carta astrológica de Júlio Verne tiramos os seguintes elementos:
  1. Signo solar Aquário, signo lunar Escorpião.
  2. Signo ascendente Gémeos.
  3. Meio do Céu em Aquário.
  4. Cabeça do dragão em Balança.
  5. Plutão em Carneiro.
  6. Saturno retrógrado em Caranguejo.
  7. Neptuno em oposição a Saturno.
  8. Lua em conjunção com Júpiter.
Mas o que é que tudo isto significa do ponto de vista da Astronomia?!

Os signos do Zodíaco

O movimento de translação da Terra em torno do Sol define um plano ao qual se dá o nome de eclíptica. Com a excepção de Plutão, todos os outros planetas têm o seu movimento de translação praticamente sobre a eclíptica. Visto da Terra, o movimento do Sol, da Lua e dos planetas parece efectuar-se sobre uma estreita faixa do céu. As (outras) estrelas têm a sua posição bem definida no firmamento, e o movimento delas é simultâneo com o movimento de toda a abóbada celeste. Por esta razão, o Sol, a Lua e os planetas eram conhecidos na Antiguidade por "estrelas errantes" ou "estrelas vagabundas". Nesse tempo, era meramente uma questão de criatividade associar heróis da mitologia a constelações formadas pelas estrelas "fixas". As constelações ao longo da faixa onde pareciam mover-se o Sol, a Lua e os planetas receberam uma importância primordial; foram identificadas doze, e mantém ainda o nome que lhes foi dado na Antiguidade, ainda que algumas delas já tenham mudado bastante quer quanto à sua aparência quer quanto à sua posição. São elas as célebres constelações que definem os doze signos do Zodíaco (por curiosidade, refira-se que a palavra Zodíaco deriva da palavra grega zoidiakósque significa tão somente círculo dos animaizinhos). Essas doze constelações, largamente conhecidas, são:
Os doze signos do Zodíaco
^CARNEIRO – equinócio da Primavera
_TOURO
`GÉMEOS
aCARANGUEJO – solstício do Verão
bLEÃO
cVIRGEM
dBALANÇA – equinócio do Outono
eESCORPIÃO
fSAGITÁRIO
gCAPRICÓRNIO – solstício de Inverno
hAQUÁRIO
iPEIXES
Os doze signos do zodíaco servem simplesmente para distribuir entre si os 360graus do círculo do Zodíaco, ficando cada um dos signos responsável por 30 graus deste círculo. A Primavera entra no momento em que o Sol atinge o grau zero da constelação de Carneiro, ou seja, quando o Sol coincide com o ponto vernal; o Verão, quando o Sol atinge o grau zero de Caranguejo; o Outono, quando o Sol entra em Balança e o Inverno começa no momento em que o Sol atinge o grau zero de Capricórnio.
Para a Astronomia moderna, as constelações não são mais do que "regiões do céu" cujo significado se resume à sua utilidade na catalogação dos objectos celestes. Assim a constelação deixa de ser só constituída pelas estrelas que tradicionalmente definiam uma qualquer figura, mas também por todos os outros astros (estrelas, nebulosas, enxames, galáxias, etc.) que estão incluídos na referida região.
Independentemente de tudo isto, é conhecido que as estrelas não estão fixas. Na realidade elas têm um movimento próprio. O Sol, por exemplo, que está situado a 3 ´ 1018 km do centro da Galáxia, executa um movimento de translação em torno deste centro, com um período de 250 milhões de anos. Além disso é bem sabido que as estrelas não se encontram todas à mesma distância da Terra. A combinação destas duas realidades tem como consequência que as estrelas de uma dada constelação mudem as suas posições relativas e portanto a forma da própria constelação, embora estas mutações só possam ser detectáveis com milhares de anos de espaçamento (cf.figura 5).
Figura 5.
A constelação de Ursae Majoris.
Da esquerda para a direita: há 50.000 anos, hoje e daqui a 50.000 anos. Visão esquemática.

Os nodos lunares e os eclipses

O movimento de translação da Lua em torno da Terra efectua-se num plano que faz um ângulo de aproximadamente 5º com o plano da eclíptica. Da intersecção destes dois planos define-se a "linha dos nodos". Assim, os nodos lunares são as intersecções da órbita da Lua com a eclíptica: nodo ascendente (ou nodo Norte) quando a Lua efectua o seu movimento de Sul para Norte da eclíptica e nodo descendente (ou nodo Sul) quando este movimento tem o sentido de Norte para Sul.
Figura 6. Os nodos lunares.A linha a tracejado representa a fracção da órbita da Lua que se encontra abaixo do plano da eclíptica. Se a órbita da Lua estivesse sobre a eclíptica teríamos eclipses do Sol e da Lua todos os meses.
A antiga tradição acreditava que um eclipse era provocado por um dragão que devorava o corpo celeste (Sol ou Lua) e que o vomitava em seguida. A cabeçae a cauda desse dragão são a denominação que então se dava aos nodos lunares: a cauda do dragão seria o nodo Sul e a cabeça do dragão seria o nodo Norte (W ).
De facto, os eclipses estão intimamente ligados a esse dragão imaginário, já que se a Lua Nova ocorre enquanto a Lua se encontra sobre a sua cauda (o nodo Sul), há um eclipse do Sol, enquanto que se a Lua Cheia ocorre enquanto a Lua se encontra sobre a sua cabeça (o nodo Norte), há um eclipse da Lua.
Figura 7.A. Kircher, Ars magna lucis, Amsterdam, 1672.
Tabela de cálculo dos eclipses do Sol e da Lua.

Os astros e seus satélites

Todos os planetas até Saturno eram já conhecidos na Antiguidade. Os seus nomes foram-lhes portanto todos atribuídos nesse tempo. No entanto, nos últimos dois séculos mais três planetas foram descobertos: Urano, Neptuno e Plutão. O significado místico de cada um dos novos planetas ficou associado aos acontecimentos mais importantes para a humanidade, contemporâneos da descoberta do referido planeta.
Significado místico do Sol, da Lua e dos planetas
Sol (ou Hélio)o astro rei, o dia;
Lua (ou Selene)irmã de Hélio, a noite;
Mercúrio (ou Hermes)deus da inteligência,
da comunicação;
Vénus (ou Afrodite)deusa do amor, da beleza;
Marte (ou Ares)deus da guerra, da acção;
Júpiter (ou Zeus)deus dos deuses, o protector,
o optimista;
Saturno (ou Cronos)deus supervisor do destino,
o pessimista;
Urano (o Céu)o libertador, o revolucionário;
Neptuno (ou Posidon)deus dos mares, o sonhador;
Plutão (ou Hades)deus do sub-mundo,
o transformador.
  • Urano, descoberto em 1781, ficou conhecido como o libertador, o revolucionário porque foi contemporâneo da Guerra americana da independência (1781), da Revolução francesa (1789), da descoberta da electricidade (1780) e ainda da revolução industrial.
  • Neptuno, descoberto em 1846, ficou conhecido como o sonhador porque a sua descoberta foi contemporânea da teoria da evolução de Darwin (1846), do manifesto comunista (1848), e ainda da descoberta da anestesia e da hipnose.
  • Plutão descoberto em 1930, ficou conhecido como o deus do mundo inferior, já que a sua descoberta foi contemporânea do fascismo, do estalinismo, e do terrorismo internacional.
Existe uma comissão, a nível mundial, encarregada de "baptizar" convenientemente qualquer novo planeta, satélite ou estrela que venha eventualmente a ser descoberto. Por curiosidade, expomos a seguir os vários planetas e respectivos satélites, para que se tenha uma ideia de como tal comissão tem conseguido organizar uma lista de nomes consistentes com a mitologia de cada um dos planetas.
Os planetas do sistema solar e seus satélites
Mercúrio0 
Vénus0 
Terra1Lua
Marte2Deimos, Fobos
Júpiter17Io, Europa, Ganimedes, Calisto, Amaltea, Himalia, Elara, Pasifae, Sinope, Lisitea, Carme, Ananke, Leda, Tebe, Adrastea, Metis, e um ainda sem nome
Saturno22Mimas, Enceladus, Tetis, Dione, Rhea, Titan, Hyperion, Iapetus, Phoebe, Janus, Epimeteus, Helena, Telesto, Calipso, Atlas, Prometeu, Pandora, Pan, e quatro ainda sem nome
Urano21Ariel, Umbriel, Titania, Oberon, Miranda, Cordélia, Ofélia, Bianca, Cressida, Desdémona, Julieta, Portia, Rosalinda, Belinda, Puck, Caliban, Stephano, Sycorax, Próspero, Setebos, e um ainda sem nome
Neptuno8Tritão, Nereida, Naiad, Talassa, Despina, Galatea, Larissa, Proteus
Plutão1Caronte
Todos os satélites têm nomes inspirados nas mitologias grega e romana, com a excepção de Urano, cujas luas são personagens de obras de Shakespeare. Os satélites de Marte são os cavaleiros de Ares (o nome grego para Marte); os satélites de Neptuno são criaturas do mar; a única lua de Plutão, o rei dos infernos, é Caronte, o barqueiro dos infernos; quanto às luas de Saturno, estas são em grande parte irmãos e irmãs de Cronos (o nome grego para a divindade romana Saturno), enquanto Júpiter está rodeado de suas (e seus) amantes.

Planetas retrógrados

Para um observador na Terra, tanto o Sol como a Lua percorrem a sua trajectória no mesmo sentido (o sentido directo). No entanto, qualquer dos planetas tem momentos em que se movimenta no sentido oposto a este (o sentido retrógrado). O movimento retrógrado de um planeta pode durar tanto umas horas como alguns anos (no caso dos planetas mais longínquos, que são substancialmente mais lentos), até regressar ao movimento directo. Este era um assunto que intrigava os astrólogos, já que os movimentos retrógrados tinham sempre um significado nefasto na interpretação de um horóscopo. A questão dos planetas retrógrados foi levantada pelos adeptos do modelo geocêntrico. Colocando a Terra imóvel no centro do Sistema Solar, um planeta superior (planetas exteriores à órbita da Terra, isto é, de Marte até Plutão), devido ao facto de ter uma velocidade na sua órbita inferior à velocidade da Terra, poderá sugerir a um observador terrestre que se move no sentido retrógrado. Ou ainda, se a Terra e o planeta se encontrarem em posições diametralmente opostas em relação ao Sol, também neste caso o planeta, visto da Terra, parece mover-se em sentido retrógrado (cf. Figura 8b). No modelo geocêntrico, e com o objectivo de resolver este problema, o movimento dos planetas é apresentado como a composição de dois movimentos: no primeiro, o planeta tem um movimento de translação em torno de um ponto fixo, sendo a linha descrita por este movimento chamada epiciclo; no segundo, o epiciclo executa o movimento de translação em torno do Sol (cf. figura 8a). Com a aceitação do modelo heliocêntrico associado às leis de Kepler, o conceito de planeta retrógrado deixa de fazer sentido e a utilização de epiciclos deixa de ser necessária, uma vez que o referido modelo explica por si os movimentos planetários.
Figura 8.O movimento retrógrado dos planetas.
(a) Para o sistema geocêntrico o movimento dos planetas superiores era explicado com o auxílio dos epiciclos;(b) no sistema heliocêntrico, o movimento retrógrado fica perfeitamente claro: para um observador na Terra, o Planeta move-se em sentido contrário (as setas representam o sentido do movimento dos planetas).

O Sistema Solar à luz dos conhecimentos actuais

O Sistema Solar constitui um dos temas em Astronomia e Astrofísica que, nos últimos anos, teve um enorme desenvolvimento. Além das concepções teóricas que naturalmente evoluíram, há a considerar principalmente os resultados provenientes das várias missões espaciais, lançadas para o espaço desde o início dos anos 60.
Actualmente os componentes do Sistema Solar podem ser divididos em quatro grandes grupos: Sol, planetas terrestres e satélites naturais, planetas gasosos ou gigantes e pequenos corpos (asteróides e cometas). Seguidamente apresentamos um resumo das características principais destes quatro grupos.
Sol. O Sol é a única estrela do Sistema Solar. Trata-se de um corpo gasoso e aproximadamente esférico, com 1378 milhões de quilómetros (100 vezes superior ao diâmetro da Terra). O Sol concentra mais de 99.8% da massa de todo o Sistema Solar. Tal como o faz (ou fez) uma qualquer estrela, o Sol transforma no seu núcleo hidrogénio em hélio produzindo assim energia. A teoria indica que a formação do Sol é quase simultânea com a dos planetas e a análise química dos meteoritos que caíram na Terra indica que esta formação teria ocorrido há 4750 milhões de anos. A sonda SoHO, lançada em 1996 e actualmente no espaço, tem como objectivo único a observação do Sol, em particular o estudo dos fenómenos que se passam à sua "superfície", como são exemplo as protuberâncias, as erupções e as manchas.
Planetas terrestres e satélites naturais. Os planetas terrestres, ou seja Mercúrio, Vénus, Terra e Marte, encontram-se na zona mais interior do sistema e têm dimensões muito semelhantes, sendo a Terra o planeta maior deste grupo (diâmetro = 12756 quilómetros). Uma outra característica é a de apresentarem uma atmosfera muito pequena ou quase inexistente como no caso de Mercúrio, devido ao forte vento solar que se teria feito sentir na altura da formação do Sistema Solar. A sua constituição é maioritariamente rocha e silicatos.
Com a excepção da Terra, naturalmente, Marte tem sido o planeta deste grupo que mais interesse tem despertado no Homem. A possibilidade de existência de vida (mesmo que na sua forma mais elementar) tem alimentado as expectativas e a imaginação de cientistas e do público em geral. Para este facto muito contribuíram algumas das descobertas feitas ao longo da nossa história recente, e que "aproximam" Marte do nosso planeta. São disso exemplo a existência de vulcanismo e de canais, estes só explicados pela existência de líquido (água?) na superfície. Mercúrio é o planeta mais próximo do Sol. Pelo facto da atmosfera ser praticamente inexistente, a temperatura à superfície varia entre 452 ºC de dia e –183 ºC de noite. No entanto, este não é o planeta onde a temperatura atinge os valores mais altos: Vénus, graças à sua atmosfera muito densa e consequentemente a uma forte efeito de estufa, tem uma temperatura à superfície aproximadamente constante e igual a 457 ºC.
Quanto à morfologia e à composição química, os satélites naturais dos planetas do Sistema Solar são muito semelhantes aos planetas terrestres. Entre os mais de 60 satélites naturais, e para além da Lua, os satélites de Júpiter têm sido alvo, nos últimos anos, de interesse crescente. Em particular as "luas" Io e Europa: a primeira pela actividade vulcânica, observada recentemente pela sonda Galileo, e a segunda pela possível presença de água por debaixo de uma fina superfície gelada.
Planetas gasosos ou gigantes. Os planetas gasosos, a saber Júpiter, Saturno, Urano e Neptuno, situam-se no Sistema Solar entre os planetas interiores e Plutão. Estes corpos, de enormes dimensões, são constituídos fundamentalmente por hidrogénio e hélio, na sua forma atómica, algo já desaparecido dos planetas terrestres. O maior dos planetas deste grupo, Júpiter, tem uma massa quase 320 vezes maior que a massa da Terra. A teoria indica que estes planetas não serão totalmente constituídos por gás; o núcleo, com uma extensão de 10% do diâmetro, deverá ser sólido e constituído por Ferro e Silício.
Uma importante característica comum aos planetas gasosos é a sua elevada rotação: Júpiter, por exemplo, dá uma volta sobre si próprio em menos de 10 horas. A existência de anéis é ainda uma particularidade comum aos quatro planetas. Apesar dos anéis de Saturno serem os mais evidentes e historicamente mais famosos (descobertos por Galileu Galilei em 1610), também Júpiter, Urano e Neptuno têm na sua órbita milhões de partículas, cujas dimensões podem variar entre a fracção do milímetro e poucos quilómetros, e que formam a estrutura anelar.
Pequenos corpos. Pertencem ainda ao Sistema Solar milhares de outros pequenos corpos dos quais podemos destacar os seguintes.
Asteróides. Corpos sólidos, não necessariamente esféricos, com órbitas muito excêntricas em torno do Sol, ocupando preferencialmente uma posição algures entre as órbitas de Marte e de Júpiter. Este corpos têm dimensões inferiores às dos planetas. O maior dos asteróides, Ceres, descoberto em 1801, tem um diâmetro de 940 km.
Objectos trans-neptunianos. Corpos sólidos e rochosos, cobertos de uma fina camada de gelo, com dimensões que podem variar entre as dezenas e algumas centenas de quilómetros. Estes objectos encontram-se depois de Neptuno definindo a "cintura de Kuiper" em honra a um dos seus descobridores, o astrónomo Gerard Kuiper. Há quem defenda que esta cintura não é mais do que um reservatório de cometas de curto período. Uma das mais recentes discussões entre os especialistas em planetologia, envolve justamente estes objectos e Plutão: alguns planetólogos consideram que Plutão não poderá ser considerado um planeta principal (a par dos outros oito), uma vez que Plutão se tratará de um objecto trans-neptuniano igual a tantos outros que aí existirão.
Cometas. corpos em tudo semelhantes aos objectos trans-neptunianos, mas cuja origem é a "cintura de Oort" a 1500 mil milhões de quilómetros do Sol. Em contraste com os objectos da "cintura de Kuiper", estes são conhecidos por "cometas de longo período".

Conclusão

Voltemos à carta astrológica de Júlio Verne (cf. figura 4) para agora a traduzirmos em função de tudo o que foi apresentado até aqui, sem tentar de modo algum fazer qualquer interpretação da carta para além da que a Astronomia nos pode dar.
Signo solar Aquário: no momento do nascimento, o Sol, visto da Terra, encontrava-se sobre o grau 19 de Aquário (h). Durante cada ano, o Sol visita todos os doze signos do Zodíaco, permanecendo em cada um deles durante cerca de um mês.
Signo lunar Escorpião: no momento do nascimento, a Lua, vista da Terra, encontrava-se sobre o grau 14 de Escorpião (e). Como a Lua tem um período de aproximadamente 29 dias e meio, leva precisamente este tempo a percorrer todo o círculo do Zodíaco, o que quer dizer que durante todos os meses a Lua visita todos os 12 signos do Zodíaco, permanecendo em cada um deles cerca de dois dias e meio.
Signo ascendente Gémeos: a linha horizontal na carta astrológica representa o horizonte do lugar, no momento representado. Na hora do nascimento, Gémeos (` ) era a constelação que se encontrava na posição nascente ou ascendente (AC). Obviamente, alguém que nasça ao nascer do Sol, tem como ascendente o seu signo solar. Na posição diametralmente oposta encontra-se o signo descendente (DC), ou seja, o que está a descer no horizonte, a poente.
Meio do Céu em Aquário: Meio do Céu (MC - Medium Coeli) é o ponto do círculo do Zodíaco intersectado no referido momento pelo meridiano do lugar. No caso em questão, esse ponto é o grau 16 de Aquário (h). Na posição diametralmente oposta encontra-se o ponto denominado Fundo do Céu (IC – Imum Coeli).
Cabeça do dragão em Balança: no momento do nascimento, o nodo Norte (W ), visto da Terra, encontrava-se no grau 29 de Balança (d ).
Saturno retrógrado em Caranguejo: naquele dia, visto da Terra, Saturno encontrava-se sobre o grau 14 de Caranguejo (a ). Como o período de Saturno é de pouco menos que 30 anos, este planeta permanece em cada signo do Zodíaco durante quase dois anos e meio. Além disto, Saturno, visto da Terra no dia em questão, movia-se no sentido retrógrado.
Plutão em Carneiro: naquele dia, visto da Terra, Plutão (P) encontrava-se sobre o grau 5 de Carneiro (^ ). Como o período de Plutão é de 248 anos, este planeta pode permanecer num signo do Zodíaco durante mais de 20 anos.
Neptuno em oposição a Saturno ou Lua em conjunção com Júpiter: depois de identificadas as posições do Sol, da Lua, dos planetas e dos nodos na carta astrológica, pode fazer-se um pequeno exercício de trigonometria e identificar os planetas que se encontram em posições "interessantes". Diz-se, por exemplo, que dois ou mais planetas estão em conjunção se o ângulo entre as suas posições for aproximadamente de 0º e estão em oposição se o ângulo for de 180º. Outras posições que constam de uma carta astrológica são ângulos de 90º, 60º, 120º, etc. No caso de Júlio Verne, é fácil identificar na carta tanto a conjunção entre Júpiter (4) e Lua, que aparecem claramente sobrepostos, como a oposição entre Neptuno (y ) e Saturno, cujas posições são diametralmente opostas.

Referências

Natália Bebiano ¾ Revista Millenium, Instituto Politécnico de Viseu, 2000.
R. Green
 ¾ Spherical Astronomy, Ed. Cambridge University, 1987.
W. Kaufman III & R. Freefman
 ¾ Universe, 5ª edição, Ed. Freeman, 1999.
Alexander Roob
 ¾ Alquimia e Misticismo, Taschen, Colónia, 1997.
Carlota Simões e João Fernandes 
¾ Astrologia e Astronomia: uma conversa entre as duas, Revista Millenium, Instituto Politécnico de Viseu, 2000.
Weissman, McFadden, Johnson
 ¾ Encyclopedia of the Solar System. Ed. Academic Press, 1999.
*
Tabela comparativa dos planetas do sistema solar
PlanetaDiâmetro equatorial(km)Massa (g)Período de rotação
Período de translação(anos)
Distância ao Sol (106 km)
Mercúrio
4879
3.3´ 1026
58.65 dias
0.24
58
Vénus
12104
4.9´ 1027
243 dias
0.62
108
Terra
12756
6.0´ 1027
23.9 horas
1
150
Marte
6794
6.4´ 1026
24.6 horas
1.88
228
Júpiter
142984
1.9´ 1030
9.8 horas
11.86
778
Saturno
120536
5.7´ 1029
10.2 horas
29.42
1429
Urano
51118
8.7´ 1028
17.2 horas
83.75
2875
Neptuno
48528
1.0´ 1029
16.1 horas
163.73
4504
Plutão
2300
1.3´ 1025
6.4 dias
248
5916